sexta-feira, 26 de junho de 2015

Junho

Andar de comboio traz me sempre alguma nostalgia,talvez seja pela abundância do verde, dos pastos, das casas em ruína e da solidão que paira lá fora. Apesar do comboio estar cheio basta uns phones, música no telemóvel e o olhar na janela para ter momentos perfeitos. 
São nestes momentos em que o cérebro mais funciona, em que faço planos, vivo sonhos, planifico o futuro e arrumo o passado. 
Infelizmente a minha profissão traz este desespero que é teres dias por vezes angustiantes na procura de teres um ano descansado, que ridículo teres de pensar assim, ainda para mais quando sentes que as coisas até te correram bem. É inevitável na tua condição de ser humano não pensares assim. 
Muito poderei dizer da minha profissão mas sinto que somente uma vez perdi o controle e jamais utilizarei a escrita para criticar o que quer que seja na minha vida profissional novamente. Aprendi com esse erro, evolui e encerrei este capítulo. 
Vou de volta para o prazer, não existem nada como férias, e com elas esta vontade de escrever que ainda que a espaços tanto bem me tem feito. É quase um lavar de alma, não escrevo para agradar a ninguém, somente para me agradar a mim, sou talvez um egocêntrico da escrita pois gosto de mais tarde sentir que naquele dia escrevi isto, gosto de recordar mas também gosto muito de viver. Gosto de sentir que estou vivo, de ser agraciado, de agraciar, de ter valor e de reconhecer valor nos outros. 
Vou desfrutar das pessoas e das praias Algarvias, vou andar de escorregas, vou visitar grutas, vou comer sandes na praia e beber vinho de noite. Vou ser feliz. 

O Magnata 
O Vasco 

Este é um texto muito meu.