domingo, 20 de julho de 2014

Hank Moody

Por incrível que possa parecer só hoje acabei de ver a serie Californication. Admito que comecei tarde, já rolava a terceira e ainda eu ia na primeira. Percebi que era um otário por não ter começado mais cedo logo nos primeiros episódios.
O Hank Moody é talvez o meu herói de sempre, não acredito num homem que não tivesse o desejo de ter a vida dele. Eu tive muitas vezes o desejo de ter a vida dele, não pelo dinheiro, pelo status, ou até mesmo pelas gajas que facilmente comia, gostava por tudo, no fundo o que ele representava para as mulheres da sua vida foi que mais me ligou a serie.
Um bêbado, um drogado das sete quintas mas um romântico, sempre com classe, sempre com piada e num estilo inconfundível. Fez-me ter vontade de comprar um porsche e partir o farol, fez me querer ser escritor, fez-me ver que é importante encontrarmos a mulher da nossa vida, mostrar os sentimentos sem pudor.
Claro que a serie é tudo o que não se pratica na vida real em relação aos sentimentos, que tudo está facilitado, as desculpas, o sexo,as traições, as reconciliações, a banalização de tudo,no entanto sinto que deixaram marca.
Foram tantas as mulheres bonitas que me ficaram a Hippie, a Advogada, a Kali e a Faith no meu álbum de recordações, e que recordações.
Charlie Runkle, Lew Ashby, Bates, Sue Collini, Eddie Nero,Samurai Apocalypse,Atticus, que personagens marcantes e tão diferentes.
Para o final deixo a incrível Karen e a Becca, no fundo a vida de um homem resume-se à família, por mais voltas que dês, por mais asneiras que faças, devia e deve-se sempre resumir a ela. Quem tem noção disso está sempre mais perto de ser amado, independentemente de tudo. As famílias fazem-se e formam-se para ser unidas. Acredito muito nisto.
Vou ter saudades tuas Hank, do teu estilo simples e desconcertante e do teu Motherfuckaaaaaaaaaaa!!!



domingo, 13 de julho de 2014

Dois meses.

Durante dois meses em que ausência da escrita me perseguiu o mundo não parou, nem para mim nem para ninguém. 
Eu admito que tenho esta prepotência de sentir que faço mais falta do que os outros todos, não sei se vocês sentem isso mas eu sinto. Espero que vocês sintam isso para não me achar tão ridículo como me estou a sentir ao pensar isso. Onde penso mais nisso é quando me relegam para uma segunda opção, especialmente em questões de trabalho. Muitas vezes sonho e penso no que me vai acontecer no dia seguinte, o que vou dizer, fazer, mas a verdade é que raramente o que sonho e penso é passado para o momento real. 
Hoje decidi passar do pensamento para acção com o Magnata e a verdade é que o magnata me faz bem, me realiza , porque penso que se uma pessoa ler aquilo que eu escrevo já me satisfaz bastante. Aliás a minha prepotência passa um pouco por aí, muitas vezes leio o meu texto como fosse eu que não o tivesse escrito e confesso que me dá prazer.
Nestes dois meses aconteceram muitas coisas, confirmei o que sempre soube, que o homem que deve a si mesmo não tem futuro, eu felizmente estou em dia comigo mesmo. 
Descobri que o Facebook é um inimigo muito grande do teu emprego, porque quando te sentes injustiçado sentes que podes desabafar com ele e ele entrega te de mão beijada ao teu inimigo.
Fui ao Algarve e num dia voltei a Lisboa, regressei novamente, aprendi uma grande lição de vida, os comboios e as paisagens podem fazer toda a diferença enquanto pensas.
Descobri que regressar à tua infância é o melhor da vida, tinha saudades do Pateta, do Pluto, do Peter Pan, do Mickey e da Minnie, da Margarida e do Donald. Sinto me tentado a comprar de novo aqueles almanaques grossos cheios de histórias da Disney. 
Vi a Monalisa e continuo a achar que ela não é nada bonita, que provavelmente nunca iríamos ter um caso, não faz mesmo nada o meu gênero. No entanto foi fixe poder tirar uma selfie com sovacos por tudo o que era lado.
Procurei pela Torre Eiffel e embebedei-me,tive caimbras, alonguei, sorri, dei gargalhadas e fumei cigarros fininhos de meninas da noite. Voltei ao Algarve e fui feliz para xuxu, com e sem sol fui para a praia, roubei wireless onde podia, bebi um vinho branco chamado Catarina que parece água, apoiei alguém que bebeu mais do que conseguia, vi amigos que fazem falta todos os dias, privei com outras tantas que estão sempre no meu coração apesar da distância. 
Hoje sei que sou mais refinado em quem procuro, não tenho ódios, tenho pessoas que não gosto mas aprendi a cumprimenta-las com o mesmo charme e simpatia de sempre.
Sou o Magnata mas também sou o Vasco, o vosso Vasco, aquele que irá estar sempre ao vosso lado, sempre com a mesma disposição de sempre, sempre feliz e acima de tudo a querer muito partilhar.
Partilhar é o melhor da vida, nem tudo se pode partilhar, só alguns detêm esse poder de guardar essa partilha mas estou ligado e focado.
Sinto que a idade me traz muito mais sentimento, mais emoção, sinto me cada vez mais ligado aos meus, amo-os cada vez mais e cada vez mais tenho medo de os perder. Sinto que os meus amigos me amam e que eles sabem que os os amo muito, que lhes desejo bem, que quero que prosperem e que as conquistas deles são as minhas. Que não invejo em nada o sucesso que eles alcançam, quero antes fazer parte dele da forma mais pura que existe, a tal partilha que tantas vezes faço questão de referenciar. 
Este texto é muito mais do Vasco do que do Magnata mas no fundo somos o mesmo, por isso hoje assino com o meu verdadeiro nome o que aqui escrevi.

Vasco