domingo, 8 de setembro de 2013

O (D)ouro do meu País.

A vista é inspiradora, espero que os pensamentos e as palavras fluam como a magia envolvente que percorre este local  que é o Alto Douro Vinhateiro. 
Quando chegas a um sitio em que as tuas expectativas são elevadas e ele não te desilude isso é muito bom. Quando tens vontade ou imaginas que poderias ficar por cá então é porque ele mexeu contigo de alguma forma ou sentido. 
Quando começas a ver as encostas pintadas de verde, os cheiros a ficarem presentes,um rio que te dá a oportunidade de andares uns valentes anos para trás ficas com as sensações misturadas. Falando por mim e sendo adepto confesso do antigamente não descurando o que de bom o futuro nos trouxe, subir o Douro da Régua até ao Tua fez me ter inveja dos produtores de vinho, fez me ter inveja do orgulho com que o mestre do barco falava do seu rio, fez me ter inveja dos milhares de pessoas que neste momento apanham os variados géneros de uva e fez me ter inveja serem obrigados a ter de ver esta magia todos os dias.
Ontem sonhei ser produtor de vinho, sonhei ter um barco para trabalhar naquele rio, imaginei mil negócios dentro daquele barco de madeira, imaginei que o sossego pode ser um bom amigo, imaginei que a tranquilidade pode ser boa conselheira, tive a certeza que o mais simples é também o melhor e o mais belo, confirmei que existem lugares que tem o dom extraordinário de nos aconselhar.
Voltando para a realidade e deixando o rio seguir o seu curso natural ter conhecido um produtor e a forma de como é feito o vinho foi também uma experiência enriquecedora.
Serviu certamente para deixar de me armar em esperto e saber que nada percebo de vinhos no que toca a descobrir sabores pois de nomes ainda me safo. Fiquei a perceber que o meu paladar está cheio de ferrugem,não acertei uma na prova de vinhos. Claro que como bom Português que sou nunca expressei verbalmente a minha vontade de interagir com a guia da Quinta do Vallado, fiquei pelas respostas e interacção telepática, ela perguntava que frutas leva este tipo de vinho e eu lá metia o dedo no ar em forma de pensamento e respondia telepaticamente, não acertei uma. Até achei que ela sabia que não acertava uma pois quando trocávamos olhares eu fugia logo com medo de ser o burro do sitio. 
Para terminar e fugindo um pouco do bom que se tornou conhecer o Douro dizer que temos muito que aprender ainda com outras Culturas. O Douro em parte e agora que vai estando na moda foi em tempos salvo por famílias estrangeiras que decidiram investir no País, isto dito por quem sabe certamente mais do que eu e que vive disto. Não será tempo de evoluirmos de uma vez por todas? Eu penso que sim. Tudo o que de mau vi no Douro foi incrivelmente feito por Portugueses, se visitava alguma coisa com horários estabelecidos, quem chegava atrasado, Portugueses. O rio tinha garrafas de vinho vazias, disse o senhor que muitas vezes são Portugueses que por ali andam e deitam ao rio. 
A guia falava em Português, tudo calado, falava em Inglês, burburinho na sala, incrível e de muito mau gosto, senti me envergonhado. 
Beijo para todos e bom fim de semana. 


 

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