Hoje fiz uma coisa que já não fazia há muito tempo, voltei ás minhas origens durante umas horas. Voltei a estar com aqueles que me viram crescer e provavelmente me vão levar ao meu ultimo destino. Diz um estudo que o nosso melhor amigo muda de cinco em cinco anos, acredito que seja verdade mas não existe nada como os nossos amigos de infância, aqueles que têm gravado o nosso numero de telefone 21 nas suas agendas antigas. Aqueles que mesmo sem telefone se encontravam como uma agulha num palheiro fosse até no sitio mais escondido de Lisboa. Aqueles que partilharam a história do primeiro amor, a novidade da primeira relação sexual e em que posição foi, da primeira saída para a noite e também do primeiro cigarro.
Quando os destinos nos levam por estradas diferentes temos sempre tendência como seres humanos a dispersar, a parar o autocarro num destino mais próximo. Eu sinceramente não consigo porque por mais paragens em que tenha estacionado o autocarro sinto que aqueles são como a minha família, são únicos e imprescindíveis. Cada um será certamente diferente, quase como uma caixa com um enorme puzzle desmontado, depois juntando cada peça somos como um só apesar de toda a distancia que nos tem afastado ao longo dos tempos e assim o puzzle fica montado e completo.
Hoje numas horas fui extremamente feliz por ter partilhado mais alguns momentos com vocês, desde o estado actual do País ao inevitável futebol, dos primeiros chutos na bola com o pequeno chinês do Maurito. Deu também para desejar boa sorte na "nova" aventura do Tiago e desejar lhe sorte. Tenho a certeza que hoje ganhei mais uns anos de vida. Obrigado.
Olá, Vasco. Algum dia tinha de escrever aqui, tal como tinha dito ao teu irmão, numa noite recente, de Santo António, na Bica. Escolhi hoje, pois ontem, há umas horas, fiz parte daquilo que descreves.
ResponderEliminarTão bom, os amigos, tudo igual, como dantes, há muito tempo, há pouco, pouco interessa,tão bom. Já passou? Ainda não, tudo no mesmo sítio, até o Sporting, e o País, vê lá. Tanta tolice e tanta coisa certa. A paragem do autocarro, aqueles que tu conduzes, no mesmo sítio. Vê lá, tão bom. Ganhar anos de vida, mesmo sem ligar para o 21, já sumido na agenda velha. O encontro por acaso, talvez não porque a paragem do teu autocarro ainda lá está. Vai estar sempre. Do meu também.
Acho que o tempo para, às vezes, na paragem, a nossa. Tanta tolice.
"Cada um será certamente diferente". Tanta coisa certa.
Tão bom, os amigos, tudo igual, como dantes, há muito tempo, há pouco, pouco interessa,tão bom. Já passou?
Obrigado
Obrigado eu pelas tuas palavras. Grande abraço e viva as nossas tertúlias das tardes de chinquilho.
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