segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Compromisso&Amor, um sentimento esquecido.

Ontem vinha numa curta viagem da Margem Sul até Lisboa com duas mulheres dentro do carro.O que seria  mais uma viagem normal acabou por ser uma conversa demasiadamente séria mas também bastante agradável.
Não pensem que foi uma guerra de sexos mas foi certamente aquilo que penso que se está a instalar na cabeça de homens e mulheres.
A certa altura da nossa conversa, uma amiga disse-me que deixaram de existir homens interessantes, que eles estão em vias de extinção. Disse isto de uma forma tão pura e genuína que começo a acreditar que possa ser verdade. Ela também me confirmou e durante a discussão que se passa o mesmo em relação as mulheres.
O que eu penso é que as relações e relacionamentos começam a pesar muito nas cabeças das pessoas a partir do momento em que temos algo mais intimo com quer que seja. As facilidades que hoje encontramos numa relação sexual leva-me a crer que as pessoas estão a deitar fora o mais puro de todos os sentimentos que é o amor. Ter uma relação afectiva de amor com alguém, manter essa relação e projecta-la  para o futuro não será certamente fácil mas por outro lado as coisas demasiadamente fáceis são também aquelas que deixamos ficar para trás com maior facilidade.
Quando éramos crianças só dávamos valor as prendas mais difíceis de obter, foram essas que nos acompanharam ao longo de toda a nossa infância. As mais fáceis eram descartadas logo após a primeira semana de brincadeira, podíamos até brincar com elas de vez em quando mas nunca sentíamos verdadeiramente que aquele era o nosso objecto favorito, aquele que queríamos levar para a escola, que ninguém lhe tocasse ou olhasse, que seria nosso do primeiro ao ultimo segundo.
Ter um compromisso com alguém não é estar preso, apesar de saber que existem relações sufocantes e pessoas demasiadamente intolerantes para não deixarem respirar o respectivo. Existem mais pessoas felizes com um compromisso sério do que as que não têm, disso não tenho a menor dúvida.
Com isto tudo não quero menosprezar os/as galãs de fim de semana, ou até mesmo do próprio "centro de emprego", eles com certeza alegram uma percentagem enorme da nossa sociedade, só alegram durante uns dias, vá umas semanas mas acredito também que as pessoas sejam igualmente felizes assim.
Ao falar assim até parece que estou desesperado por amor mas não estou, nesse capitulo e em muitos outros sou um felizardo. Sou porque a minha relação nunca se sobrepôs a outras coisas e é por isso que sou feliz. Continuamos a ter uma vida para além da nossa relação, o que é óptimo e muitos dos casais não permitem isso um ao outro. Quando digo isto não pensem que mijo fora do penico, são coisas simples como sair com os amigos, chegar tarde a casa, ter programas próprios sem ninguém se chatear, etc.Dá para fazer tudo na mesma, o que muda é  sabermos do respeito que devemos ter por nós próprios e por quem partilha esses sentimentos connosco.
O compromisso e o amor fazem-me muito bem, preenchem a minha vida e os meus sentimentos.
Disse à minha amiga que não parasse de procurar pois sei que na procura está a solução, eles nem elas deixaram de existir, estão somente escondidos. Na procura também existe o erro mas quem não os comete, vão também existir momentos bons e maus, muitos ficam para trás e outros duram mais um pouco mas durante essa busca interessante e cansativa que é a busca pela " alma gémea" o importante é sabermos nos valorizar a nós próprios porque quem não gosta a si mesmo jamais irá ter o amor de alguém, poderá tê-lo a espaços mas depois irá ser somente mais um. Experimentem primeiro namorar com vocês mesmos pois o mundo está cheio de Reis, Rainhas, Príncipes e Princesas à vossa espera.


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